quarta-feira, 20 de junho de 2012

Resumo do Artigo: Pré-Clinica I


Faculdade Leão Sampaio
Resumo de Pré- Clinica
Artigo 5 : Bruxismo do Sono
Cristiane Rufino de Macedo* Mestre e doutoranda pela Universidade Federal de São Paulo (UNIFESP) e clínica geral particular, R Dental Press Ortodon Ortop Facial, Maringá, v. 13, n. 2, p. 18-22, mar./abr. 2008
Dupla: Camila Kevillany Pereira Braga e Everardo Duarte Sampaio

O bruxismo do sono é caracterizado por uma atividade bucal de ranger ou apertar dos dentes durante o sono, esse tipo de bruxismo está associado a micro despertares, que são despertares curtos com duração de 3 a 15 segundo. A origem do termo bruxismo vem do grego brychein, que significa ranger de dentes, mas também possuindo outros nomes como: neurose do hábito oclusal, neuralgia traumática, bruxomania, friccionar-ranger de dentes, briquismo, apertamento e parafunção oral.
O bruxismo do sono se diferencia do bruxismo diurno por dois motivos: 1 distintos estados de consciência, isto é, sono e vigília e 2 diferentes estados fisiológicos com diferentes influências na excitabilidade oral motora.
O bruxismo pode ser classificado como primário quando parece ser um distúrbio crônico com o seu aparecimento já na infância, adolescência e permanece na vida adulta não estando relacionado com nenhuma causa médica evidente, clinica ou psiquiátrica; ou secundário quando está associado a outros distúrbios clínicos como distúrbios neurológicos (doença de Parkison), Psiquiátricos (depressão), e outras alterações do sono(apnéia).
A prevalência do bruxismo no sono é imprecisa, pois estudos epidemiológicos e metodologia nesse caso são diferentes, por exemplo, a uma dificuldade de se obter informações de pessoas que dormem só, pois elas não tem consciência dos sons produzidos durante o seu sono. Embora existam estas limitações, estudos têm mostrado que a taxa de prevalência em crianças maiores de 11 anos de idade é a mais alta, variando entre 14% e 20%1. Nos adultos jovens, entre 18 e 29 anos de idade, é de 13%, diminuindo ao longo da vida para 3% em indivíduos acima de 60 anos de idade.
A incidência dos microdespertares está diretamente relacionado com à alta freqüência da atividade muscular mastigatória. O que vai diferenciar os indivíduos com bruxismo do sono dos indivíduos sem é a magnitude dos episódios de AMMR – como início mais rápido da aceleração do ritmo cardíaco, maior atividade do EMG e uma maior força do contato dentário com ranger de dentes.
O desgaste anormal dos dentes e a hipertrofia do masseter são sinais que ajudam no diagnóstico clinico, que  pode ser baseado em relatos de dores musculares faciais ou o ranger dos dentes durante o sono.
Mas nem sempre se pode ter certeza sobre esses achados, pois o desgaste dentário pode ter ocorrido anteriormente ao evento do bruxismo e a hipertrofia pode ter sido secundária ao hábito de apertamento voluntário do indivíduo.
o tratamento odontológico mais utilizado atualmente é o das placas oclusais. Alguns estudos a cerca o uso da placa oclusal achou-se que há uma diminuição da atividade EMG durante o sono, e melhora na redução dos sintomas e prevenção do desgaste oclusal, em outros os autores encontraram um aumento da atividade muscular em
20% para as placas oclusais rígidas e 50% para as flexíveis, e afirmam que a única ação das placas seria de proteção dos dentes ao desgaste5, não havendo relação com os movimentos involuntários da mandíbula.
A efetividade da placa foi avaliada para identificar, analisar e comparar os dados dos estudos clínicos, assim não obtendo resultados para afirmar que a placa oclusal é efetiva para o tratamento do bruxismo do sono e que a indicação ou não do seu uso é questionável quanto aos desfechos do sono (episódios de bruxismo, sons de ranger de dentes, microdespertar, despertar, eficiência do sono, tempo total de sono), mas pode ser que haja algum benefício para o desgaste dentário, assim o profissional poderá optar pelo melhor tratamento junto com o seu paciente.