Faculdade Leão Sampaio
Resumo de Pré- Clinica
Artigo 5 : Bruxismo do
Sono
Cristiane Rufino de
Macedo* Mestre e doutoranda
pela Universidade Federal de São Paulo (UNIFESP) e clínica geral particular, R Dental Press
Ortodon Ortop Facial, Maringá, v. 13, n.
2, p. 18-22, mar./abr. 2008
Dupla: Camila Kevillany
Pereira Braga e Everardo Duarte Sampaio
O bruxismo do sono é caracterizado por uma atividade bucal de
ranger ou apertar dos dentes durante o sono, esse tipo de bruxismo está
associado a micro despertares, que são despertares curtos com duração de 3 a 15
segundo. A origem do termo bruxismo vem do grego brychein, que significa ranger
de dentes, mas também possuindo outros nomes como: neurose do hábito oclusal,
neuralgia traumática, bruxomania, friccionar-ranger de dentes, briquismo, apertamento
e parafunção oral.
O bruxismo do sono se diferencia do bruxismo diurno por dois
motivos: 1 distintos estados de consciência, isto é, sono e vigília e 2 diferentes
estados fisiológicos com diferentes influências na excitabilidade oral motora.
O bruxismo pode ser classificado como primário quando parece ser
um distúrbio crônico com o seu aparecimento já na infância, adolescência e permanece
na vida adulta não estando relacionado com nenhuma causa médica evidente,
clinica ou psiquiátrica; ou secundário quando está associado a outros distúrbios
clínicos como distúrbios neurológicos (doença de Parkison), Psiquiátricos (depressão),
e outras alterações do sono(apnéia).
A prevalência do bruxismo no sono é imprecisa, pois estudos
epidemiológicos e metodologia nesse caso são diferentes, por exemplo, a uma dificuldade
de se obter informações de pessoas que dormem só, pois elas não tem consciência
dos sons produzidos durante o seu sono. Embora existam estas limitações,
estudos têm mostrado que a taxa de prevalência em crianças maiores de 11 anos
de idade é a mais alta, variando entre 14% e 20%1. Nos adultos jovens, entre 18
e 29 anos de idade, é de 13%, diminuindo ao longo da vida para 3% em indivíduos
acima de 60 anos de idade.
A incidência dos microdespertares está diretamente relacionado
com à alta freqüência da atividade muscular mastigatória. O que vai diferenciar
os indivíduos com bruxismo do sono dos indivíduos sem é a magnitude dos
episódios de AMMR – como início mais rápido da aceleração do ritmo cardíaco, maior
atividade do EMG e uma maior força do contato dentário com ranger de dentes.
O desgaste anormal dos dentes e a hipertrofia do masseter são
sinais que ajudam no diagnóstico clinico, que
pode ser baseado em relatos de dores musculares faciais ou o ranger dos
dentes durante o sono.
Mas nem sempre se pode ter certeza sobre esses achados, pois o
desgaste dentário pode ter ocorrido anteriormente ao evento do bruxismo e a
hipertrofia pode ter sido secundária ao hábito de apertamento voluntário do
indivíduo.
o tratamento odontológico mais utilizado atualmente é o das
placas oclusais. Alguns estudos a cerca o uso da placa oclusal achou-se que há uma
diminuição da atividade EMG durante o sono, e melhora na redução dos sintomas e
prevenção do desgaste oclusal, em outros os autores encontraram um aumento da
atividade muscular em
20% para as placas oclusais rígidas e 50% para as flexíveis, e
afirmam que a única ação das placas seria de proteção dos dentes ao desgaste5,
não havendo relação com os movimentos involuntários da mandíbula.
A efetividade da placa foi avaliada para identificar, analisar e
comparar os dados dos estudos clínicos, assim não obtendo resultados para afirmar
que a placa oclusal é efetiva para o tratamento do bruxismo do sono e que a
indicação ou não do seu uso é questionável quanto aos desfechos do sono
(episódios de bruxismo, sons de ranger de dentes, microdespertar, despertar, eficiência
do sono, tempo total de sono), mas pode ser que haja algum benefício para o
desgaste dentário, assim o profissional poderá optar pelo melhor tratamento
junto com o seu paciente.